sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Sofrimento Físico de Cristo - a Ciência tenta explicar - professor Romero Frazão

A Igreja, em sua sabedoria, atualiza nesta semana o Mistério dos Mistérios da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, elevando-nos à meditação de tão sublime gesto de amor, que culmina com a vitória da ressurreição. Até os cientistas se envolvem na tentativa de explicar o que teria acontecido com o corpo de Cristo por ocasião do seu sofrimento.
Tal investida da ciência tem convertido muita gente, inclusive até os grandes doutores e PHDs, que se acham o máximo por apostarem no conhecimento, mas que se deparam com a própria miséria, quando buscam ter também o conhecimento de Deus, que se fez ali tão acessível na cruz. Tentaram estudar Jesus no calvário e o próprio Senhor surpreende os pobres “sábios ignorantes”, mostrando toda a sua simplicidade. E atraindo a ciência para si, revela que é Senhor e Criador da própria ciência. É esta ciência que se curva diante do Mistério da Cruz, diante das Santas Chagas, diante do tipo sanguíneo de Nosso Senhor, tipo AB, como atestam os próprios cientistas (até o grupo sanguíneo de Jesus já descobriram!!!) e que vem a nos confirmar, que o Senhor tem o Sangue conhecido como do tipo receptor universal. Dá até para formular uma base teológica a respeito disto, pois o Senhor deseja que todos venham a Ele, que todo olhar, todo o coração, toda a alma se volte para Ele, e porque não dizer, que todo sangue venha a Ele, e seja impregnado pelo seu poder Redentor, pois muito mais do que clamar que o sangue de Jesus seja derramado sobre nós, é desejar mergulhar, e estar imerso neste sangue, pois Jesus não precisa ser atraído por nós... Nós é que precisamos ser atraídos por Ele. Está aí o grande Homem-Deus, sangue do grupo sanguíneo tipo AB, Receptor Universal. Fantástico! Isto me leva a crer que o sangue de Nossa Senhora também é do tipo AB, pois Jesus só pode ter herdado o sangue de sua Mãe, já que seu Pai é puro espírito. É Jesus desejando “que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da Verdade”
Pois e! A ciência só encontra harmonia quando se une à fé e reconhece que sem o Cristo nada se pode fazer. Este Cristo que se encontrava preso na cruz. E estando preso nos deu liberdade, e que não permaneceu preso sob os pregos da cruz, nem sobre os grilhões da morte. E para fazer valer as sábias palavras de Santo Agostinho, que dizia, “eu creio para compreender, e compreendo para melhor crer” vamos fazer algumas análises de caráter científico sobre este tão sublime, comentado e polêmico, mas redentor sofrimento. Para isto contamos com cientistas renomados como o Dr. Pierre Barbet, que passou boa parte de sua vida em companhia de cadáveres, estudando anatomia em sua profundidade.
Iniciemos com a agonia de Jesus no Getsêmani, onde seu suor tornou-se como gotas de sangue. Vale salientar que o único evangelista que narra este fato raríssimo, é um médico: Lucas (Lc 22, 44). E ele faz com a precisão de um clínico. O suar sangue, conhecido por hematidrose, é um fenômeno desencadeado em condições excepcionais. Para provocá-lo é necessária uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível e o fardo de ter que carregar todos os pecados dos homens... Tudo isto deve ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas. O sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra. Percebemos portanto, que este sofrimento físico, também é repercussão, somatização do seu sofrimento psíquico, como ele mesmo chegou a dizer aos três apóstolos que com ele estavam: “Minha alma está numa tristeza de morte” (Mc 14, 34). E porque não dizer também, sofrimento espiritual. Afora as tentações que sua humanidade deve ter sofrido, tendo sido tentado a desistir. Por isso, as constantes exortações aos Apóstolos: Vigiem e orem para que não caiais em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca. Jesus experimentou a fragilidade da carne, que se fere, que sangra, que é limitada. Só não experimentou o pecado. Esta angústia suprema, esta agonia foi necessária. A partir da experiência da fragilidade, pode-se experimentar a fortaleza de Deus. E o Cristo sente isso na carne. Ele sua sangue, e consequentemente já se inicia aí um processo de desidratação, que irá agravar-se por toda a sexta-feira santa haja visto que Ele só irá perder líquido, sem reposição.
Foi uma madrugada bem longa, quando Jesus é levado para a casa do sumo-sacerdote, e lá é maltratado, pisoteado, cuspido, esbofeteado pelos anciãos, doutores da Lei, chefes dos sacerdotes. Quantos hematomas foram gerados a partir de tantas atrocidades? Santa Rita de Cássia, grande mística da Igreja, dizia que Jesus nesta noite não havia levado menos que mil bofetões e ponta-pés. Ao amanhecer, chegando ao Sinédrio, Tribunal Religioso Judaico, Jesus já expunha em seu Santíssimo Corpo, as marcas de uma tortura com requintes de crueldade. A partir daí, onde o Mestre é condenado à morte, é levado a Pilatos, procurador romano, que o envia a Herodes, que manda de volta para Pilatos. O interessante é que nenhum deles conseguia encontrar culpa em Jesus. E diante de tudo isto, o Senhor estava fisicamente exausto e em risco de sofrer um colapso caso não recebesse líquidos (o que aparentemente não aconteceu). Este é o homem a quem os soldados Romanos torturaram, por ocasião da flagelação ordenada por Pilatos. Os soldados despojam Jesus e o prendem a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe, o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage, sem dúvida, gemendo de dor. Tais golpes ainda podem ter submetido Jesus a gravíssimas hemorragias internas, perfuração de órgãos, acúmulo de líquido na cavidade abdominal, ao nível dos pulmões. Sim!!! Pode-se ter gerado até o que a medicina chama de derrame pleural, um acúmulo de líquido na pleura, membrana que reveste os pulmões. Jesus já poderia apresentar a esta altura alguma complicação respiratória. No estado em que Cristo se encontrava, esses golpes poderiam tê-lo matado: seu corpo estava seriamente ferido, cortado e ensangüentado, estando sem comer há muitas horas e, tendo perdido muito líquido devido à transpiração e à hemorragia abundantes. Jesus a esta altura poderia estar gravemente desidratado. Esta tortura brutal certamente lhe teria levado ao que os médicos chamam de colapso, e isso mata. É impressionante a resistência física deste homem, que apesar de tudo, tinha total controle de suas faculdades. E seu espírito, que Ele mesmo dizia ser tão forte, sustentava sua carne em tamanho sofrimento. Santo Agostinho retrata bem esta realidade ao falar da necessidade de ser espiritual até mesmo na carne. Manter a carne subordinada ao espírito, que é eterno e verdadeiramente soberano. Por isso, esta carne debilitada, já sem forças, chega até a cruz. E não antecipa a sua morte... E morre onde realmente tem que morrer. E como se não bastasse, surgem os efeitos da desidratação, decorrentes da excessiva transpiração e da perda de sangue: o suor frio que lhe impregna o corpo, acrescido obviamente de tremores, calafrios, a cabeça gira em uma vertigem de náusea. Enfim, suporta tudo porque o amor, que é Ele próprio, tudo suporta.
E sem falar no escárnio da coroação de espinhos. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. E ainda batem em sua cabeça com uma vara, como nos relata o evangelista Marcos (Mc 15,19). Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar, além de irritar gravemente os principais nervos que inervam a cabeça. Tal coroa seria como um capacete, e não uma tiara, como muitos pensam. E diante de todas estas realidades a escritura vem a nos ensinar que este homem jogado ao matadouro, não abriu a boca. Tendo toda a razão pra falar e para se livrar deste momento. É Jesus nos ensinando que, além de ser o Nosso Senhor, Ele também é Senhor de Si mesmo, tendo total controle sobre sua vontade, sobre sua consciência. Nos motivando a rezar incessantemente para suportar as provações. E se assim podermos nos exprimir, até valeu a pena a agonia no monte das Oliveiras, o suar sangue. Jesus não precisava se preparar para esta hora... Ele é Deus... Mas quis nos mostrar a força e a eficácia que tem a oração, sobretudo esta oração em que se decide fazer a vontade do Pai. Logo mais vamos observar os acontecimentos que vieram em seguida. A via-crucis e a crucificação.
ESTE TEXTO FOI RETIRADO DO BLOG DO PROFESSOR ROMERO FRAZÃO:
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